(não há correlação com esta Parábola do Jogo de Damas)
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Nas minhas conversas e
discussões, sempre acabo fazendo uma comparação fora do normal, para tentar
esclarecer de forma clara ou lúdica o conceito ou ideia que estou querendo
passar ou fixar. Sim é maluco, acredito que não sou normal, mas ninguém é
normal mesmo, então...
Mas voltando ao foco,
sempre fui fã da forma de ensinar de Jesus Cristo, sem conotação religiosa, mas
sim pela força dos ensinamentos, a perenidade deles até os dias de hoje, e a
forma clara de se comunicar com todos os níveis. Isso não é fácil. Talvez por
isso, as “parábolas” me chamem mais atenção, e inconscientemente, as aplico no
dia-a-dia.
Dia destes,
conversando com um gerente, falava sobre a gestão das empresas fornecedoras e
sistemistas durante a crise, coisa que é nosso pão nosso de cada dia. E
discutíamos sobre o papel do gestor (principalmente Qualidade – mas não só
este) nestes períodos críticos e sensíveis.
Foi no final da
conversa que saiu a parábola do jogo de damas, que aqui vou colocar logo no
começo.
Vamos considerar a
empresa ou um departamento como um tabuleiro de damas (por que não xadrez,
Jeser? – por que a parábola é minha, e uso o jogo que eu quiser bolas....) nele
colocamos as peças e as movimentamos de forma a avançar no jogo, vencer a
partida superar outro competidor. As peças são as mesmas, mesmo tamanho, peso, diâmetro.
A diferença é o uso que fazemos delas. Onde as colocamos, como as movimentamos,
protegemos, acreditamos, confiamos na jogada que irá fazer, e as vezes deixamos que saiam do jogo por um
bem maior.
Neste contexto o
gestor é como se fosse o jogador que olha o jogo de cima, tem uma visão
espacial e global, busca entender os movimentos do jogo, o próximo passo,
antecipar, então colocar as peças (seu time) na melhor posição, mais
estratégica para que elas cumpram seu propósito. Mas, se estivermos perdendo o
jogo, ou encurralados no tabuleiro, e ao invés de sermos o jogador, ficarmos
desesperados e pularmos no tabuleiro pra “ajudar”, perdemos esta visão
espacial. Viramos mais uma peça do tabuleiro, sem visão global. A única coisa
que conseguiremos ver serão as posições ao nosso redor onde podemos nos
deslocar, ou a peça a nossa frente. Nada mais. Nos desesperamos, perdemos o
foco, a capacidade de estratégia de lógica, de racionalizar.
Então você conclui: “Ah!
O Jeser acha que gestor não tem que se envolver.... Tem que deixar o time se
virar sozinho, e só ficar dando ordem....” Não, ó Ser de mente restrita e
obtusa, o que estou refletindo é que o gestor deve manter sua visão global das
coisas, da empresa, do departamento, dos projetos. Voltemos a parábola....
Se o time é pequeno,
se estamos em uma crise, se a empresa é enxuta é imprescindível que o gestor se
envolva no “jogo”. Neste caso ele deve estar no tabuleiro com o time. Aliás,
aprendi e incorporei em minha vida diária o conceito do “Genba” (saiba
mais aqui), logo acredito que o gestor sempre deva “pisar no tabuleiro”;
mas não deve permanecer lá.
Foco: quando então
estamos no tabuleiro, ajudando ombro a ombro nosso time, é imprescindível
manter a estratégia do jogo, levantar a cabeça, olhar o máximo no horizonte e
perceber o que vem à frente. Devemos ser a “Dama” do jogo, para poder estar uma
pouco mais alto que as demais peças, e assim ver mais longe, e se movimentar
com mais liberdade pelo tabuleiro.
Outro dia li que
engajamento vem através da credibilidade que o time tem com seu gestor e a
forma como este respeita e põe em prática a cultura da empresa. Faço uma
correlação que é:
Engajamento time < Credibilidade do gestor <
Gestor lidera pelo exemplo < Respeito aos padrões
Não acredito que o
desrespeito aos padrões gera mais eficiência, muito pelo contrário. A história
já mostrou que é aí que mora as maiores derrotas.
Foco: Não é porque
você perde algumas peças no jogo de Dama, que você vai abandonar a sua
estratégia e mexer as peças a revelia, ou colocá-las onde elas não deveriam
estar....
E mais, não é porque o
jogo te parece perdido que você vai desrespeitar as regras do jogo, movendo as
peças de forma irregular, ou fazendo jogadas proibidas!!
No atual cenário que
vive o Brasil, podemos realizar a importância do respeito, da moral, da
credibilidade que devemos imprimir no dia-a-dia de forma a termos relações mais
justas e profissionais, onde todos tenham a liberdade de discordar e discutir
mas com a confiança que o melhor será feito. Que a justiça será feita. Agora
não adianta nada cobrarmos dos políticos e continuarmos a furar a fila para
comprar o ingresso. Não há coerência.
Foco: Quando
conseguimos vencer um jogo de Dama, fica claro que foi um trabalho em equipe,
que cada peça teve seu papel no tabuleiro, seus movimentos e jogadas foram
criando a vitória pouco a pouco. Fica claro que havia uma estratégia e alguém
conduzindo cada jogada. Fica claro que algumas pedras saem do tabuleiro no
decorrer do jogo, mas serviram seu propósito com honra e valentia, e tem seu
mérito por isso também. E mais: ao final do jogo, colocamos as peças novamente
na posição inicial, traçamos uma nova estratégia e começamos um novo jogo. Seja
isso a representação de um novo dia, um novo projeto, uma nova operação.
Obrigado por ler meu texto. Espero que tenha gostado.
The Checker Parable
In my conversations and discussions always
end up making a out of the ordinary comparison, trying to clearly clarify or
playful way the concept or idea I'm trying to share or fix. Yes it's crazy, and
I thinking that I'm not normal, but no one is normal anyway, so ...
But back to focus, I always been a fan of
the way of Jesus Christ teaching, without religious connotations, but by the
power of the teachings, the continuity of them until the present day, and a
clear way to communicate with all levels. This is not easy. Perhaps this is why
the "parables" call me more attention, and unconsciously, I apply on
a daily basis.
One of these past days, talking to a
manager, spoke about the management of suppliers and their systems during the
crisis, which is our “daily bread”. And we discussed the role of the manager
(mainly quality - but not only this) in these critical and sensitive periods.
It was at the end of the conversation that
went out the parable of checkers, that here I will start with.
Let's consider the company or department as
a checkerboard (“.. why not chess, Jeser?...” – because the parable is mine,
and use the game I want man!...) and we put the pieces and we move so to
advance in the game, win the match overcome another competitor. The pieces are
the same, same size, weight, diameter. The difference is the use we make of
them. Where we put them, how we move, protect, believe, trust in the move that
will do, and we fail to leave the game for the good of all.
In this context the manager is like the
player looking up game, has a spatial and global vision, seeks to understand
the movements of the game, the next step, anticipate, then put the pieces (his
team) in the best position, more strategic so that they fulfill their purpose.
But if we are losing the game, or cornered on the board, and instead of being
the player we get desperate and we jump on board to "help", we lose
this space vision. We turned us in one more piece of board without global
vision. The only thing that we will see will be the positions around us where
we can move us, or closer piece. Nothing else. In despair, we lose focus, the
ability of logical strategy to rationalize.
Then you conclude: "Ah! Jeser think that
manager does not have to get involved .... You have to let the team to turn
around alone, and just stay giving order .... " No, limited and obtuse
mind guy, I'm reflecting that the manager must maintain its global view of
things, the company, department, project. Let us return to the parable ....
If the team is small, if we are in a
crisis, if the company is lean it is essential that the manager is involved in
the "game". In this case it should be on board with the team. By the
way, I learned and incorporated into my daily life the concept of
"Genba" (learn more here), so I believe the manager should always
"step on board"; but should not stay there.
Focus: When then we are on the board,
helping shoulder to shoulder our team, it is essential to keep the game
strategy, raising head, looking as much we can on the horizon and see what
comes forward. We must be the "king piece" of the game in order to
stand a little taller than the other pieces, and thus see further, and move
more freely across the board.
One day I read that engagement comes
through the credibility that the team have with your manager and how it
respects and implements the company's culture. I make a correlation that is:
Team Engagement < Manager Credibility < Manager leads by example < Respect for standards
I do not believe the disrespect of
standards creates more efficiency, quite opposite. History has shown that
therein lies the greatest defeats.
Focus: It's not because you lose a few pieces
in checkers game, you will abandon your strategy and move the pieces in
absentia, or put them where they should not be ....
Also, it's not because the game seems lost
you that you will break the rules of the game, moving the pieces irregularly,
or doing prohibited played!!
In the present scenario that lives in
Brazil, we realize the importance of respect, morality, credibility should we
print on a daily basis in order to have fairer and professional relationships,
where everyone has the freedom to disagree and discuss but confidence that the
best is done. That justice will be done. Now, not logical push our politicians
and continue to break the line to buy the ticket. There is no coherence.
Focus: When we win checkers game, it is
clear that it was a team effort, each piece had its role on the board, their
movements and moves were creating little by little victory. It is clear that
there was a strategy and someone leading every move. It is clear that some
rocks out of the board during the game, but served its purpose with honor and
courage, and has merit for that too. And more: at the end of the game, we put
the pieces back in the starting position, we draw a new strategy and start a
new game. This could be the representation of a new day, a new project, a new
operation.
Thanks for read my text. I hope you enjoy.
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