Integrando Inovação, Governança e Sustentabilidade

Inovar ou inventar, eis a questão...

Invenção é a criação de algo totalmente novo que não existia anteriormente, pode ser uma nova tecnologia, dispositivo, produto, processo ou método. Uma ideia original ou um conceito pioneiro. O telefone foi uma invenção pioneira que permitiu a comunicação instantânea à distância, pois antes dele, as pessoas precisavam enviar cartas ou telegramas para se comunicar.

Inovação é a melhoria ou aprimoramento de algo que já existe, pode ser uma nova abordagem para resolver um problema, um novo uso para uma tecnologia existente ou a adaptação de um produto ou processo existente para atender a uma nova necessidade. O smartphone é um exemplo de inovação porque é baseado na tecnologia do telefone, mas foi melhorado e adaptado para comunicar instantaneamente, navegar na internet, tirar fotos e gravar vídeos, entre outras funções.

Em suma, invenção é a criação de algo novo, inovação é o processo de transformar algo existente em algo melhor ou mais eficiente. Agora, uma invenção pode ser uma forma de inovação, pois pode ser a base para a criação de algo novo e transformador, porém, nem toda inovação é uma invenção, já que ela pode ser a melhoria de algo já existente.

A inovação pode ser organizada em tipos ou categorias: Incremental que é uma melhoria gradual, que não cria mudanças drásticas, mas sim uma evolução constante. (p.e. nova versão de um software); Radical que cria mudanças significativas na forma como os produtos são concebidos, produzidos e entregues, pode mudar completamente um mercado ou setor (p.e. smartphones foi uma inovação radical); Processo que cria melhorias significativas em processos internos de uma organização, resultando em maior eficiência e produtividade (p.e. Industria 4.0); Modelo de negócio que cria novas maneiras de gerar valor para o cliente e monetizar os produtos ou serviços (p.e. Netflix – vídeos por streaming).

Como e porque inovar e o ESG

Existem processos e metodologias estabelecidos para a inovação. Um dos mais populares é o Design Thinking, processo iterativo de resolução de problemas centrado no usuário, que envolve a compreensão profunda das necessidades dos usuários, a geração de ideias criativas e a prototipagem e teste iterativo de soluções.

O Lean Startup, que enfatiza a experimentação rápida e a aprendizagem validada, que envolve a criação de um MVP (Produto Mínimo Viável) para testar uma hipótese de negócio com o mínimo de esforço e investimento possível. Com base nos resultados do teste, a empresa pode decidir continuar com o desenvolvimento ou pivotar para uma nova direção. E também, o Modelo de Inovação Aberta, que propõe que as empresas busquem soluções inovadoras tanto internamente quanto externamente, enfatiza a colaboração com clientes, fornecedores, universidades e outras empresas para gerar novas ideias e tecnologias. Cada organização pode adaptar e personalizar essas metodologias de acordo com suas necessidades e recursos, o importante é ter um processo definido e sistemático para a inovação, para que as ideias sejam geradas, testadas e implementadas de maneira eficaz e eficiente.

A implementação da inovação na governança de uma empresa pode variar de acordo com a empresa e sua estrutura organizacional. No entanto, algumas formas práticas de colocá-las em execução são:

·         Estabelecer uma cultura: organizar eventos, como hackathons e pitch sessions, para incentivar ideias inovadoras e criar um ambiente de colaboração e criatividade, programas de treinamento e desenvolvimento de habilidades podem ser oferecidos para capacitar os funcionários a pensar de forma mais inovadora.

·         Definir objetivos claros: o plano estratégico deve incluir a inovação e inclua objetivos e metas claras e específicas, que possam ser monitorados regularmente para garantir que esteja no caminho certo para alcançá-los.

·         Alocar recursos: ter orçamento específico para inovação e estabelecer um processo formal para revisão e aprovação de projetos, formar parcerias com universidades e startups para acessar novas ideias e tecnologias.

·         Implementar processos de gestão: adotar metodologias citadas como Design Thinking e Lean Startup para gerenciar seus projetos, integrados aos processos de gerenciamento de projetos existentes e adaptados às necessidades da empresa.

·         Estabelecer uma estrutura de governança: comitê de inovação ou conselho de administração dedicado à inovação, órgãos responsáveis por revisar e aprovar projetos e monitorar o progresso em relação aos objetivos estabelecidos.

Uma vez estabelecida a governança cabe ao conselho consultivo monitorar a integração da inovação na governança, e fornecer feedback, através de uma série de mecanismos:

·         Revisar regularmente os relatórios de inovação para entender como a inovação está sendo integrada à governança e como os objetivos estão sendo alcançados.

·         Entrevistar líderes de inovação para entender melhor como está sendo gerenciada e como os projetos estão sendo priorizados.

·         Visitar as equipes de inovação para ver em primeira mão como está sendo implementada e como os processos estão sendo gerenciados.

·         Coletar feedback dos funcionários sobre como a inovação está sendo integrada à governança da empresa e como ela está afetando sua cultura e trabalho diário.

Inovação é essencial para a sobrevivência e o sucesso das empresas a longo prazo, pois permite que as empresas se diferenciem de seus concorrentes e ofereçam produtos e serviços únicos e de alta qualidade, ajudando a se manterem competitivas em um mercado cada vez mais globalizado e dinâmico. Ajuda no crescimento e expansão dos negócios, com novos produtos, serviços ou processos que criam novos mercados e oportunidades. Melhoram a eficiência e reduz os custos, pois tornam as operações mais eficientes e sustentáveis. Ajuda a permanecerem relevantes e atualizadas, mitigando o risco de se tornarem obsoletas e perderem sua relevância no mercado. Melhora a satisfação do cliente, com novos produtos e serviços que atendam às necessidades e desejos do mercado. Empresas inovadoras são frequentemente vistas como mais atraentes por talentos que procuram trabalhar em ambientes desafiadores e estimulantes, ajudando a reter os funcionários existentes, fornecendo oportunidades para eles crescerem e se desenvolverem em suas carreiras.

Importante para o sucesso das empresas, à medida que as mudanças tecnológicas, sociais e ambientais continuam a afetar o mercado. Empresas que são capazes de inovar rapidamente e adaptar-se às mudanças em seu ambiente serão mais bem-sucedidas, portanto, é fundamental considerar a inovação na governança para garantir que esteja preparada para enfrentar os desafios futuros e aproveitar as oportunidades que surgem.

A inovação na governança está intimamente ligada aos objetivos ESG (Environmental, Social and Governance), por meio de produtos e serviços sustentáveis, processos mais limpos e eficientes, que atendam às necessidades das comunidades, como soluções de saúde e educação acessíveis e de alta qualidade, por meio da criação de novas estratégias de negócios e de processos de tomada de decisão mais transparentes e inclusivos.

Tecnologia e Inovação

A tecnologia é um componente fundamental da inovação, é por meio dela que novos produtos, serviços e processos são criados e implementados. Considerar a tecnologia na estratégia de inovação de forma apropriada e consciente, minimiza os riscos e maximizar os benefícios. Entre os tipos de tecnologia a considerar, temos: automação e inteligência artificial, para a aumentar a eficiência e reduzir custos em processos de produção e operações, melhorar a experiência do cliente, fornecer insights e personalizar a oferta de produtos e serviços. Armazenamento e processamento de dados, para coletar e analisar dados de forma mais eficiente e eficaz, permitindo que elas tomem decisões mais informadas e precisas. Energia limpa e sustentável, para reduzir a pegada ambiental e atender aos objetivos ESG, por meio do uso de fontes de energia renovável e tecnologias de eficiência energética.

Existem riscos associados ao uso de tecnologia na inovação, por exemplo, a implementação de tecnologias não testadas ou não compatíveis levando a falhas nos processos e perda de dados, a automação e a inteligência artificial gerando à perda de empregos e impactar negativamente a moral dos funcionários. Para minimizar esses riscos, deve-se avaliar cuidadosamente as opções e implementá-las de forma gradual, testando e ajustando ao longo do caminho, garantindo que as equipes estejam adequadamente treinadas e preparadas para lidar com as novas tecnologias.

 

Qual sua opinião? Suas experiências? Conte mais nos comentários. Adoraria saber mais sobre vocês, e suas ideias! Aguardo ansioso!


Referências:

  • IBGC, Princípios da Governança, 2015
  • Board Academy, apostila Programa de Formação de Conselheiros Consultivos
  • Startup enxuta – Eric Ries
  • Organização guiada por ideias – Alan G. Robinson & Dean M. Schroeder
  •  O Dilema da inovação – Clayton M. Christensen 

performance hashtagmentoring hashtaggovernança hashtagcoaching hashtagqualidade hashtagempresas hashtagnetworking hashtagesg hashtagcompliance hashtaginovacao hashtagconselheiro hashtagstartup hashtaglinkedin hashtagconselho hashtagstrategy hashtagstartups hashtagbusiness hashtagventurecapital hashtagboardclub hashtaggovernancacorporativa hashtagestrategia hashtagnegocios hashtagfinancas hashtageducacao hashtaglideranca hashtagmotivação hashtagatitude Board Club Board Academy Br Board Ventures Andre Campos

Comentários